sexta-feira, fevereiro 06, 2009

João Paulo no Banco do Nordeste?

Essa semana surgiu um boato, no mínimo, inusitado: jornais e blogs informavam que estava em negociação a ida do ex-prefeito do Recife para uma estatal federal, no caso, o Banco do Nordeste.

Esse é o tipo de informação que corre solta para ver se cola. Como não há cargo à altura de petistas que concluíram mandatos de prefeito ou perderam as últimas eleições, ficam tentando arranjar qualquer lugar para eles.

Para o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, Lula arranjou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, cujo presidente era o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. O presidente do "Conselhão" terá status de Ministro de Estado.

Marta Suplicy, que já foi ministra do Turismo de Lula, não volta ao primeiro escalão do Governo Federal. Depois do "relaxa e goza" e do desempenho medíocre nas últimas eleições municipais paulistanas, deve ficar quietinha em algum cargo dentro do PT, preparando sua candidatura ao Senado Federal.

João Paulo também deve concorrer ao Senado em 2010. Mas até lá, assessores que não têm o que fazer, ficam espalhando boatos desse tipo para manter "aquecido" o nome de quem lhe emprega.

Ser prefeito de uma metrópole regional como Recife exige mais competência política do que técnica. Ser presidente de um banco oficial exige, e muito, competência técnica. O atual presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, tem atributos de sobra para o cargo: é graduado em Administração de Empresas e Economia, tem especialização em Economia Regional e Urbana, mestrado e doutorado em Economia e pós-doutorado pela Universidade de Paris XIII. É um profundo conhecedor da realidade nordestina e tem feito, até então, um excelente trabalho à frente da instituição financeira federal. Tanto que é o único dos presidentes de bancos públicos que se manteve no cargo desde o início do governo Lula.

Apesar da existência de milhares de aloprados espalhados pela administração pública federal, para presidir os bancos públicos, Lula sempre escolheu nomes à altura desses cargos: Jorge Mattoso (ex-presidente da Caixa), Carlos Lessa (ex-presidente do BNDES), Cássio Casseb (ex-presidente do Banco do Brasil), dentre outros. Não seria agora que ele escolheria um quadro eminentemente político para presidir um banco oficial. Ainda mais em tempos de crise.

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