segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Ala do PSOL p... da vida com Nery

A ala mais "radical" do PSOL anda p... da vida com o senador José Nery (PA). Tudo por causa do apoio explícito da bancada do PSOL no Senado, que é composta apenas por Nery, à candidatura Tião Viana (PT-AC) para a presidência da Câmara Alta. Os integrantes da ala alegam que o partido não poderia declarar apoio a um partido "corrupto" como o PT. Pregavam o voto nulo. Pense como ia ser útil o voto nulo do senador Nery. Façam-me rir "radicais"!

PT, PSDB e DEM unidos contra Collor

A briga pela presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal (CRE) promete. De um lado, o senador Fernando Collor (PTB-AL). Do outro, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

O primeiro foi responsável, enquanto presidente da República, pela maior recessão da história econômica brasileira; extinguiu órgãos públicos e privatizou dezenas de estatais; promoveu um verdadeiro loteamento da máquina pública e foi cassado pelo Congresso Nacional depois que seu irmão acusou seu tesoureiro de campanha de articular esquema de corrupção de tráfico de influência e pagamento de propina que teria como beneficiários o próprio presidente e demais "autoridades" do governo.

O segundo foi quem primeiro se utilizou do dinheiro "limpo" de Marcos Valério, na campanha para governador de Minas em 1998. É apoiado por DEM (eterno aliado dos tucanos) e PT (que não engole o apoio do PTB a Sarney), além do PSDB que já elegeu seu líder no Senado para ser o "porta-voz" da campanha de Azeredo à presidência da CRE.

Arthur Virgílio (PSDB-AM) já invocou a moral para justificar a escolha de Azeredo. Afirma que Collor não tem "moral" para presidir uma comissão do Senado. E Azeredo tem?

Renan Calheiros (PMDB-AL) prometera a presidência da CRE a Collor, a fim de garantir os sete votos do PTB na candidatura Sarney à presidência do Senado. Sarney obteve os votos prometidos e agora o PTB cobra a fatura.

Ao PMDB coube a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos que deve ficar com Garibaldi Alves Filho (RN). O DEM, segunda maior bancada, ficou com a Comissão de Constituição e Justiça, que deve ser confiada a Demóstenes Torres (GO). Como o PSDB é a terceira maior bancada do Senado tem direito, pelo critério da proporcionalidade, a escolher a comissão de seu agrado. Escolheu a CRE.

Essa briga ainda rende algumas notícias. A base do governo deve rachar ainda mais.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

João Paulo no Banco do Nordeste?

Essa semana surgiu um boato, no mínimo, inusitado: jornais e blogs informavam que estava em negociação a ida do ex-prefeito do Recife para uma estatal federal, no caso, o Banco do Nordeste.

Esse é o tipo de informação que corre solta para ver se cola. Como não há cargo à altura de petistas que concluíram mandatos de prefeito ou perderam as últimas eleições, ficam tentando arranjar qualquer lugar para eles.

Para o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, Lula arranjou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, cujo presidente era o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. O presidente do "Conselhão" terá status de Ministro de Estado.

Marta Suplicy, que já foi ministra do Turismo de Lula, não volta ao primeiro escalão do Governo Federal. Depois do "relaxa e goza" e do desempenho medíocre nas últimas eleições municipais paulistanas, deve ficar quietinha em algum cargo dentro do PT, preparando sua candidatura ao Senado Federal.

João Paulo também deve concorrer ao Senado em 2010. Mas até lá, assessores que não têm o que fazer, ficam espalhando boatos desse tipo para manter "aquecido" o nome de quem lhe emprega.

Ser prefeito de uma metrópole regional como Recife exige mais competência política do que técnica. Ser presidente de um banco oficial exige, e muito, competência técnica. O atual presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, tem atributos de sobra para o cargo: é graduado em Administração de Empresas e Economia, tem especialização em Economia Regional e Urbana, mestrado e doutorado em Economia e pós-doutorado pela Universidade de Paris XIII. É um profundo conhecedor da realidade nordestina e tem feito, até então, um excelente trabalho à frente da instituição financeira federal. Tanto que é o único dos presidentes de bancos públicos que se manteve no cargo desde o início do governo Lula.

Apesar da existência de milhares de aloprados espalhados pela administração pública federal, para presidir os bancos públicos, Lula sempre escolheu nomes à altura desses cargos: Jorge Mattoso (ex-presidente da Caixa), Carlos Lessa (ex-presidente do BNDES), Cássio Casseb (ex-presidente do Banco do Brasil), dentre outros. Não seria agora que ele escolheria um quadro eminentemente político para presidir um banco oficial. Ainda mais em tempos de crise.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Política - Notas

Serra perdeu uma batalha
O governador paulista José Serra (PSDB) sofreu um revés com a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência do Senado. Serra é desafeto de Sarney desde o episódio Lunus que sepultou de vez as pretensões da ex-governadora Roseana Sarney se candidatar à presidência da República em 2002, pelo então PFL. Com Sarney no comando do Senado e Renan Calheiros (AL), líder do partido na Câmara Alta, o PMDB se aproxima ainda mais do candidato de Lula à sucessão presidencial em 2010, provavelmente indicando o vice.

Tião conseguiu uma façanha
Tião Viana (PT-AC) conseguiu algo impensável, até então: obter o apoio do senador dissidente do PMDB, Jarbas Vasconcelos (PE) para uma candidatura do PT. Jarbas é um dos parlamentares que mais criticam o governo Lula, sendo, muitas vezes, mais ácido nos seus pronunciamentos contra o governo do que muitos senadores e deputados do PSDB e do DEM. Foi o ex-governador de Pernambuco quem convenceu Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) a levar os tucanos para o palanque do petista derrotado.

Ah tá...
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) contrariou a orientação da liderança do PSDB no Senado e votou em José Sarney (PMDB-AP). Disse que não poderia "trair" seu Estado, privando o Amapá de ter um representante no cargo mais importante do Senado. Lorota: Sarney raramente está no Amapá. Só vai a Macapá em época de eleição.