sábado, novembro 11, 2006

Esporte - O Galo volta à elite

E o Atlético/MG voltou à primeira divisão do futebol brasileiro. Lugar de onde não deveria ter saído. E retorna com justiça. Como o Grêmio, ano passado e o Palmeiras, em 2004. Clubes que, assim como o Galo, mesmo com muita história e títulos na bagagem, caíram para a segunda divisão. E na hora que precisaram, contaram com o apoio maciço de suas torcidas que empurraram esses clubes de volta à elite. Que a queda sirva de lição. Sem planejamento, ninguém conquista nada. Nenhum time vive só de tradição.
O trabalho do Levir Culpi foi fundamental para essa conquista. Apostou em jogadores revelados nas divisões de base, pois sabe muito bem o técnico que na série B o que conta é a raça, a vontade, aliada a um pouco de técnica. E o Atlético/MG soube aliar esses elementos, o que se refletiu em sua vitoriosa campanha. Parabéns, alvinegro! E que o Galo seja forte e vingador em 2007!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Cinema - Alexandre


"Alexandre" (2004), dirigido por Oliver Stone, é um filme mediano. Não chega a ser o desastre anunciado aos quatros ventos por muitos críticos de cinema do Brasil e do mundo. Evidente que diante dos exageros de Val Kilmer, Jared Leto, Angelina Jolie e Rosario Dawson, a maioria optou por desqualificar todo o filme. Mas quem assistiu não pode negar que a direção das duas cenas de batalha é excelente! E por um simples fato: deu a impressão de que estava reinando o caos! Isso mostra um pouco a visão que o diretor tem de Alexandre: uma força da natureza destinada a vencer. Para Stone, a natureza ajudava Alexandre a ter êxito em suas batalhas, fato corroborado pela presença constante de uma águia, simbolizando o próprio protagonista, e pela quase ausência de estratégias de batalha. A própria Olímpia (Angelina Jolie) diz ao filho, em muitas cenas, que ele estava predestinado a vencer e se tornar o maior dos homens. A trilha sonora de Vangelis tem uma sincronia incrível com as cenas de batalha. É o ponto forte do filme! O homossexualismo de Alexandre também é mostrado, apesar de o diretor ter se limitado a mostrar afagos entre ele e Heféstion (Jared Leto). A direção de arte é o ponto fraco do filme. A fotografia de Rodrigo Prieto faz o que pode, mas não consegue disfarçar a artificialidade dos cenários. A narração de Ptolomeu (Anthony Hopkins) é cansativa. Muitas histórias narradas deveriam ter sido filmadas. Mas o diretor acertou em mostrar Alexandre sob outro paradigma. Oliver Stone queria convencer o público de que seu herói era sobrenatural. Até que na última batalha, Alexandre se reencontra com sua face mortal, em cenas muito bem conduzidas. Boa parte do elenco está caricata, como foi dito. Angelina Jolie está ridícula como a mãe protetora do grande imperador. Mas isso não chega a atrapalhar o andamento da história, graças à habilidade do diretor em focar a história em Colin Farrell que se saiu muito bem.

Cinema - Cidade dos Sonhos


É preciso entender um pouco da teoria psicanalítica freudiana para compreender o filme. A maioria das situações não são reais, são sonhos, reflexos do id, do inconsciente da protagonista (Naomi Watts). Os problemas parentais, a dúvida quanto à sexualidade, o desejo pelo sucesso, tudo não passa de ações do inconsciente mediadas pelo ego da personagem. Sem falar da crítica do diretor David Lynch à obsessão pelo estrelato. Não é um filme fácil de ser compreendido pelos motivos elencados. O ponto fraco é a edição, bastante confusa. Poderia auxiliar no processo de compreensão dos sonhos e seus reflexos nas atitudes da protagonista.