sábado, dezembro 29, 2007

Passagem de ano

2007 vai chegando ao fim. E daí? Não sou como Drummond que achava genial a idéia de cortar o tempo em fatias. Para o poeta de sete faces, doze meses são suficientes "...para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos". Depois, "...vem o milagre da renovação e tudo começa outra vez...". Não, não. Nada disso. "Eu não sei o que o amanhã me trará", assim como Fernando Pessoa em sua última frase. Entro em 2008, como estive em 2007 ou em 2006: "...tonto de tanto dormir ou de tanto pensar...".
Não sei se terminarei "Água Viva", de Clarice Lispector, antes do dia 31. Provavelmente, concluirei a leitura da novela "Morte em Veneza", de Thomas Mann, ainda esse ano. "Tonio Kröger" fica para o ano que vem. Assim como "A Peste" e "O Estrangeiro", de Albert Camus. Estou cansado, mas não sei de que me canso. "De nada me serviria sabê-lo...". Adeus 2007. E obrigado a Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e Álvaro de Campos pelas frases tomadas por empréstimo.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Pensando bem...

O Senador José Agripino Maia (DEM/RN) é um democrata. Vejamos: foi prefeito biônico de Natal, indicado pelos militares, e apoiou uma ditadura que assassinou milhares de pessoas, muitas delas tidas como "desaparecidas", que lutaram para redemocratizar o país. Pensando bem, ele é um DEMOcrata.

Direto do Orkut

Essa veio da comunidade "Ingmar Bergman - Brasil".
Um membro perguntou: o que Bergman teria dito à morte ao encontrá-la?
Primeiro, a morte lhe disse:
- Enfim, xeque-mate.
E Bergman respondeu:
- Hoje morro mas você não me venceu.

Grande Bergman, realizador de obras-primas como "O Sétimo Selo", que inspirou a criação desse fictício diálogo.

sábado, dezembro 15, 2007

Frase da semana

"Foi uma vitória de merda"
Senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, após a votação da PEC nº 89, de 2007, que culminou com a extinção da CPMF.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Política - Renan absolvido, CPMF quase aprovada

O plenário do Senado acaba de absolver o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da segunda acusação de quebra de decoro parlamentar. Antes disso, Renan oportunamente renunciou à presidência do Senado. De nada adiantou o relatório do senador Jefferson Péres (PDT-AM) que apontou indícios da participação de Renan em "sociedades ocultas" para aquisição de emissoras de rádio.
Foram contabilizados 48 votos pela absolvição, 29 pela cassação e quatro abstenções. Pelo placar, deduz-se que Renan teve a seu favor voto de tudo quanto é lado: PMDB e PT em peso, além de alguns dos oposicionistas PSDB e DEM. A absolvição do alagoano deve garantir ao governo os desejados R$ 40 bilhões da CPMF. Os senadores da sua órbita de influência - João Tenório (PSDB-AL), Euclydes Mello (PRB-AL), Almeida Lima (PMDB-SE), Wellington Salgado (PMDB-MG), dentre outros -, que votariam contra a prorrogação do tributo, se o plenário o cassasse, deverão decidir a favor da CPMF.
Onde foram parar a ética e o decoro parlamentar?