segunda-feira, setembro 22, 2008

Privataria petista

Vai começar mais um leilão de bens públicos. Dessa vez são os aeroportos. Mas não são todos que estarão disponíveis para a venda: apenas aqueles que são lucrativos estão sendo ofertados à iniciativa privada. E se o comprador não dispuser de recursos para comprar um aeroporto? Não tem problema, o BNDES pode ajudá-lo. Financiamentos atrativos com taxas baixíssimas e prazos longos, tudo para viabilizar a venda da infra-estrutura brasileira. E como fica a Infraero? Ficará apenas com os aeroportos deficitários? Essa é uma boa pergunta a ser feita para o presidente Lula e para os ministros Dilma Rousseff e Nelson Jobim.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Recordar é viver

Do então senador Severo Gomes, na década de 80: "Já me daria por satisfeito se conseguíssemos estatizar o Banco Central". Em tempos de subprime, já não seria a hora de colocar em questão essa possibilidade? Quero ver quem vai defender, num cenário desses, a autonomia do BC.

segunda-feira, setembro 08, 2008

"O enterro do neoliberalismo"

Ainda sobre a crise das hipotecas nos EUA...

"É fantástico o país mais liberal do mundo ter de estatizar. É o enterro do neoliberalismo de uma maneira trágica", afirmou Maria da Conceição Tavares, economista.

E comparando com o Proer de FHC...

"Custou uma fortuna. O nosso Proer foi mais baratinho", afirmou Tavares.

"O fim do neoliberalismo"

"Essa crise marca o fim da onda neoliberal. É fundamental que haja uma intervenção do Estado", disse Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro da Fazenda.

E nós vamos vender os nossos aeroportos...

Trechos extraídos de matéria de hoje da Folha Online. Link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u442649.shtml

Liberalismo em crise

Deixa o mercado trabalhar em paz que o resultado será, no mínimo, uma crise subprime. O governo dos EUA, que pede para que os países "em desenvolvimento" pratiquem o livre mercado, acaba de injetar US$ 200 bilhões (é isso mesmo eu não estou errado) em duas empresas que concedem financiamento imobiliário. Intervencionismo puro. É sempre assim: os grandes grupos econômicos e financeiros pedem aos governos que os deixem trabalhar; quando o negócio azeda vão pedir socorro aos cofres públicos. E quem paga a conta? O cidadão comum, of course!

domingo, setembro 07, 2008

Eleições 2008 - Fortaleza

Troca de farpas

Está pesado o clima entre Luizianne Lins (PT) e Patrícia Saboya (PDT). A prefeita, candidata à reeleição, entrou com ação na Justiça Eleitoral para impedir que a senadora utilize imagens do presidente Lula, do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB) e do deputado federal Ciro Gomes (PSB) em seu guia. Como o PT e o PSB fazem parte da coligação que apóia Luizianne, a Justiça acatou o pedido da petista. Patrícia protestou contra a decisão da Justiça, dizendo-se vítima de censura. Alegou que Lula, Cid e Ciro fazem parte de sua trajetória pessoal e política e que, por isso, teria todo direito de utilizar suas imagens. Lula não quer nem saber de pisar na capital cearense. A menos que o segundo turno seja disputado entre Luizianne ou Patrícia e Moroni Torgan (DEM).

Slogan

O candidato do DEM, Moroni Torgan, utiliza-se do slogan de Lula, nas últimas eleições, para tentar chegar ao segundo turno. A frase "Deixa o homem trabalhar" já está na cabeça do eleitorado.

Jingle

Se jingle fosse critério para decidir o vencedor das eleições, Aguiar Júnior, do nanico PTC, sairia vitorioso. Os versinhos pegajosos da sua campanha estão na cabeça do eleitor fortalezense:

“É Aguiar,/É Aguiar,/Olê, olê, olá…
É Aguiar,/É Aguiar,/Olê, olê, olá!
É elllleeee!!”

Resta saber se ele conseguirá ser, pelo menos, citado nas próximas pesquisas de intenção de voto.